Antonio Meneghetti Faculdade

Escolha de morar sozinho

  • 28/03/2018
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Dentro do processo de desenvolvimento e crescimento do homem, é natural ter o próprio espaço – e isso implica, em um determinado momento histórico, sair de casa. Esse momento varia bastante, vindo cedo para alguns e mais tarde para outros.

Quando somos jovem, normalmente queremos fazer tantas coisas, e é comum esse desejo de sair de casa estar presente nesse mar de anseios, e de forma recorrente a situação se dá em três formas: ou existe a vontade, mas ao mesmo tempo não se quer perder a comodidade de morar na casa dos pais; ou a pessoa realiza a mudança, mas se vê perdida e sem saber o que fazer; ou se faz a mudança e se busca aprender e resolver as situações que aparecem. Esse último é, claro, o melhor modo de realizar essa passagem.

Retomando o que já foi dito, é natural da vida o morar sozinho (ou às vezes com amigos ou parceiros), então quanto mais cedo se começa esse processo, mais frutos serão colhidos. O ponto fundamental aqui é o modo como se enxerga o caso: você pode ver como solidão, mas também pode ver como uma oportunidade para se desenvolver e aprender a gerenciar de maneira mais autônoma o próprio espaço, as próprias atividades e a própria vida!

Muitas são as possibilidades quando se passa a morar sozinho: podemos morar, de fato, sozinhos; podemos nos mudar para uma república, com outras pessoas; ou para uma Casa do Estudante, no caso da mudança para realizar um curso superior. Em cada um desses, existem pontos de vantagem, e cabe a cada um saber usar o novo estado em favor próprio. Pode-se, por exemplo, transformar a tão dramatizada solidão em um momento de reflexão, de autopercepção e de autoconhecimento, aproveitando para ficar só consigo mesmo e aprender melhor o próprio funcionamento e os próprios modos (um conhecimento por vezes negligenciados pela velocidade com a qual vivemos a vida hoje em dia). No caso de morar em um local com outras pessoas, pode-se socializar e trocar experiências com os outros moradores, desde assuntos dos cursos até culinária ou cuidado doméstico, afinal, não são todos que se mudam sabendo cozinhar e limpar a casa (quantas histórias já ouvimos de pessoas que passam algum tempo comendo macarrão instantâneo laugh). 

Em síntese, a saída de casa e o morar sozinho não é exatamente uma escolha, do ponto de vista que é algo natural e saudável, mas a escolha se dá em quando essa transição será feita. E o mais legal é perceber como coisas relativamente simples (organização doméstica, preparar a própria comida e manter o espaço organizado) fazem uma grande diferença também nas outras esferas da nossa vida, pois ao cuidarmos com responsabilidade dessas coisas, fazemos também a construção da possibilidade de desenvolvimento e aprimoramento acadêmico, profissional e pessoal!

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